Romeu Pinto Jr. é um dos 11 réus no processo criminal aberto pela Justiça Federal em São Paulo em janeiro. Ele é acusado de lavar dinheiro da Alstom que serviria para pagar ex-diretores de uma extinta estatal de energia paulista entre 1998 e 2002. Em troca da propina, segundo procuradores, a Alstom conseguiu obter um aditivo de contrato no valor atualizado de R$ 181,3 milhões com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE). Documentos suíços enviados ao Brasil agora também mostram que a MCA Uruguay, offshore pertencente a Pinto Jr., assinou em 5 de maio de 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, um contrato com a Cegelec, subsidiária da Alstom, para consultoria em um projeto que envolvia o fornecimento de um sistema de telecomunicações para Furnas. O contrato da Cegelec com Furnas era de cerca de US$ 13,4 milhões, em valores da época. O setor elétrico era controlado pelo PFL, hoje Democratas. Na documentação enviada às autoridades brasileiras que investigam a Alstom, há recibos de Pinto Jr. à Cegelec em que o lobista solicita o depósito de valores em uma conta de Nova York. Ao todo, são cinco recibos emitidos num total de US$ 1,2 milhão.
(Estadão)
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