Pela primeira vez, cientistas têm evidências genéticas de que os indígenas das Américas do Sul e Norte são descendentes de uma única população que viajou pelo estreito de Bering, a partir da Ásia. Ao longo dos últimos 20 anos, os antropólogos têm argumentado sobre se os primeiros americanos vieram para o Novo Mundo caminhando sobre o Estreito de Bering (que hoje divide a Rússia dos EUA), ou por umA via marítima a partir do sudoeste da Europa (a chamada hipótese Solutrean). A análise genética de um humano de 1 ano de idade do Pleistoceno Superior a partir de um local de enterro do povo Clovis em Montana Ocidental, EUA, pode ter resolvido o problema de uma vez por todas. O esqueleto de 12.600 anos de idade – que os antropólogos estão agora chamando de o “elo perdido” – foi acidentalmente descoberto por trabalhadores de construção civil em 1968. De acordo com os autores do estudo, cerca de 80% de todas as populações nativas das Américas do Norte e Sul são descendentes diretos da família do menino Clovis, e os 20% restantes estão ainda mais intimamente relacionados com a família Clovis que qualquer outro povo no planeta. O cenário mais provável é que os seres humanos chegaram do leste da Sibéria entre 26.000 e 18.000 anos atrás. Cerca de 17 mil anos atrás, as geleiras recuaram, permitindo a travessia pelo Estreito de Bering. Alguns migraram ao longo da costa do Pacífico, atingindo o Monte Verde, no Chile, 14.600 anos atrás, enquanto outros dirigiram-se para o interior da América do Norte.
(noticiascabana)
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