Um integrante da cúpula do governo e do PT afirma, em conversas reservadas, que não se surpreenderá se o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) desistir da candidatura à presidência da República e abrir mão da vaga para José Serra. “Ele pode avaliar o risco de perder a eleição e também Minas Gerais”, arrisca. Nessa hispótese, disputaria o governo mineiro. Para o governista, a união de Marina (da Rede) com Eduardo Campos (PSB) conseguiu dar para a oposição uma viabilidade não existente até então, tornando o quadro mais difícil para Aécio. “A gente sabia que não era fácil o Aécio se consolidar e o Eduardo também. A Marina era uma incógnita, mas ela tem um eleitorado bem definido e vinha com peso. Agora, há uma junção e os dois ficaram mais fortes”, avalia. “Vamos ter que trabalhar muito mais”. O PT terá de tomar “muito mais cuidado”, acentua. Para ele, Aécio fortalece Serra “na medida que vai passando o tempo”. O interlocutor ressalta que essa visão não é consenso dentro do governo. Outros líderes petistas, como o ex-presidente Lula, acreditam que a aliança Eduardo Campos/Marina enfrentará problemas, por causa de pontos divergentes entre os dois partidos e das dificuldades e conflitos nas disputas regionais. Já sobre as chances de Dilma, confia que, até junho do próximo ano, a presidente terá uma “recuperação progressiva”. Para o petista, não haverá distúrbios na economia – como a oposição prevê -, o nível de emprego será mantido e muitas realizações serão anunciadas, como o Minha Casa, Minha Vida e a expansão das UPAS (unidades pronto atendimento). “A oposição achava que só íamos trazer mais médicos, mas vamos melhorar as unidades de atendimento na saúde”, afirma.
(IG)
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