Membros dos Partidos Republicano e Democrata precisam chegar a um acordo, nesta quarta-feira (16), sobre o aumento do limite da dívida dos Estados Unidos, ou o país poderá não ser capaz de pagar seus credores a partir de quinta-feira (17), quando se esgotam os recursos que o governo dispõe. Com isso, o país dará o primeiro calote financeiro da sua história. Um terço da dívida americana, que tem como teto atual o total de R$ 36,8 trilhões (US$ 16,7 trilhões), está nas mãos de governos de outros países e empresas privadas que investiram em títulos do Tesouro americano. De acordo com dados divulgados em setembro deste ano, os Estados Unidos deviam R$ 12 trilhões (US$ 5,5 trilhões) aos principais credores de fora do país até julho. Até julho deste ano, o Brasil possuía R$ 558,2 bilhões (US$ 256 bilhões) em papéis da dívida americana e ocupava o 5º lugar na lista dos principais credores estrangeiros dos Estados Unidos. Caso o governo americano decrete o calote dos seus títulos, "a sequência do que poderá acontecer é uma grande incógnita, porque não se conhece nenhum caso de um país com a importância dos Estados Unidos que tenha dado um calote na sua dívida", disse à BBC Brasil o professor de Economia Internacional da PUC-SP Antônio Carlos Alves dos Santos.
(R7)
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