Guardam-se em memorandos os quês,
os quens, os quandos.
Entre flashes perdidos no tempo,
desenha-se incerto esboço:
sonhos, sombras, rostos, nomes, toques, gostos.
recriam-se as cenas, os planos-seqüência.
Carrega-se nas tintas, apagam-se alguns traços,
ganham vida personagens.
Vestem-se as imagens,
engendrando gestos possíveis da engrenagem.
congelam-se momentos e se auscultam cérebro,
coração e células.
Abre-se o foco ao máximo e se deixa ir o pensamento em liberdade pela página,
pela mão, por improváveis cenários,
até alçar voo nas asas do imaginário.
Consultam-se agendas antigas,
velhos álbuns de retratos,
cartas extraviadas, vídeos,
vestígios velados nos desvãos do esquecimento.
Revela-se, quadro a quadro,
o abismo entre memória e passado.
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