O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Rio de Janeiro permanecem trabalhando nos estragos causados pela chuva em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. De acordo com as autoridades, as buscas continuam para localizar possíveis vítimas. 27 pessoas morreram até agora em decorrência do temporal que atingiu a cidade entre domingo (17) e segunda-feira (18).
Segundo especialistas ouvidos, planejamento urbano e reflorestamento das margens dos rios de Petrópolis poderiam evitar as mortes que ocorreram no município. "A grande solução para evitar isso é planejamento urbano, senão vão continuar gastando com remoção de pessoas, com hospitais, com contenção de encostas. Vai começar do zero, mas uma hora vai ter que começar a planejar, como nas áreas onde ainda haverá expansão", afirmou o coordenador de pós-graduação de gestão ambiental e sustentabilidade da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Marcelo Motta.
"A serra tem particularidades e áreas suscetíveis ao deslizamento, com capa de pequena espessura de cobertura de terra, mas, além de aspectos geológicos e geotécnicos, a aglomeração é um problema. Tem certos trechos que se consegue fazer melhorias, mas o ideal é deslocar as pessoas para uma área onde se pode expandir, onde vai poder fazer melhorias", disse o especialista em deslizamentos da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Engenharia), Maurício Ehrlich.
Desde 2010, a Prefeitura de Petrópolis, assim como outros quatro municípios do Estado, recebe verba do Ministério das Cidades para fazer o mapeamento geológico das áreas de risco, além também de contar com o monitoramento do Setor Geológico do Estado.
(Bol)
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