26 fevereiro 2013

PARA NÃO ESQUECER: Programa de governo do prefeito Daniel Camargo


Prefeito Daniel Camargo (Foto: JC)
Em sua edição do último dia 21, o Jornal da Cidade (Bauru), trouxe entrevista do prefeito de Pederneiras Daniel Camargo (PSB) sob o título “Falta de moradia ‘desafia` prefeitura”. Num trecho da entrevista, o prefeito fala que nos planos de governo há novas construções e importantes obras para Pederneiras. Reconhece, entretanto, a grande dificuldade em aumentar o número de casas populares que, segundo ele, é o que a população tem procurado maciçamente. O déficit habitacional, dito na entrevista, é de 750 moradias. “A proposta de campanha eleitoral é de construir 1.000 casas nos quatro anos”, lembrou Daniel.

Eu fico “encafifado” com um detalhe que é fundamental para sustentar a tese de quem expressa com tanta convicção, a preocupação com a prioridade constatada junto à população. Como ser tão preocupante, tão prioritário, se pelo orçamento de Pederneiras para este ano (2013), a área habitacional registra ZERO de recurso? Isso mesmo! Nenhum centavo foi consignado para habitação. Nem por quem o propôs ano passado, nem por quem agora pode até transferir de outra área para esta, pela via da suplementação orçamentária.

Apenas lembrando, o programa de governo do prefeito Daniel Camargo para o setor de habitação, assinado por ele e registrado no Tribunal Superior Eleitoral, amplamente alardeado em sua campanha foi o seguinte:

“Casa Própria: Dar continuidade as parcerias na construção de casas populares através de programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e do CDHU que já trouxe 685 casas para Pederneiras nos últimos 8 anos. Para 2013 JÁ CONQUISTAMOS 1.000 casas do programa Minha Casa Minha Vida e CDHU e mais 440 lotes aprovados para a construção de novas moradias e iremos ampliar essas conquistas."

“Cuidado boquinha com o que fala...”, diz a letra da musica de Vaninha. Afinal, prefeito, é verdadeira de verdade a conquista de 1.000 casas ocorrida em 2012 para serem construídas este ano, ou alguém exagerou na canetada quando digitou, em risco de borrar a sua reputação já no primeiro ano de administração?

Se na entrevista, a construção de 1.000 casas é ventilada como uma singela proposta de governo para quatro anos, no documento de sua campanha para prefeito é uma REALIDADE. E como tal, foi vendida ao eleitorado.

A política nos dias atuais, é bom lembrar, não comporta o repeteco do “E o vento levou”. Aquele foi um bom filme, diga-se, mas apenas isso. Na vida real, no cotidiano das pessoas, a história é outra muito diferente.

Como diria o amigo Maisena: E TENHO DITO!

Reginaldo Monteiro



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