Em
sua edição do último dia 21, o Jornal da Cidade (Bauru), trouxe entrevista do
prefeito de Pederneiras Daniel Camargo (PSB) sob o título “Falta de moradia
‘desafia` prefeitura”. Num trecho da entrevista, o prefeito fala que nos planos
de governo há novas construções e importantes obras para Pederneiras.
Reconhece, entretanto, a grande dificuldade em aumentar o número de casas
populares que, segundo ele, é o que a população tem procurado
maciçamente. O déficit habitacional, dito na entrevista, é de 750 moradias.
“A proposta de campanha eleitoral é de construir 1.000 casas nos quatro anos”,
lembrou Daniel.
Eu
fico “encafifado” com um detalhe que é fundamental para sustentar a tese de
quem expressa com tanta convicção, a preocupação com a prioridade constatada
junto à população. Como ser tão preocupante, tão prioritário, se pelo orçamento
de Pederneiras para este ano (2013), a área habitacional registra ZERO de
recurso? Isso mesmo! Nenhum centavo foi consignado para habitação. Nem por quem
o propôs ano passado, nem por quem agora pode até transferir de outra área para
esta, pela via da suplementação orçamentária.
Apenas
lembrando, o programa de governo do prefeito Daniel Camargo para o setor de
habitação, assinado por ele e registrado no Tribunal Superior Eleitoral,
amplamente alardeado em sua campanha foi o seguinte:
“Casa
Própria: Dar continuidade as parcerias na construção de casas populares
através de programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e do CDHU que já
trouxe 685 casas para Pederneiras nos últimos 8 anos. Para 2013 JÁ
CONQUISTAMOS 1.000 casas do programa Minha Casa Minha Vida e
CDHU e mais 440 lotes aprovados para a construção de novas moradias e
iremos ampliar essas conquistas."
“Cuidado
boquinha com o que fala...”, diz a letra da musica de Vaninha. Afinal,
prefeito, é verdadeira de verdade a conquista de 1.000 casas ocorrida em 2012
para serem construídas este ano, ou alguém exagerou na canetada quando digitou,
em risco de borrar a sua reputação já no primeiro ano de administração?
Se na entrevista, a construção de 1.000 casas é
ventilada como uma singela proposta de governo para quatro anos, no documento
de sua campanha para prefeito é uma REALIDADE. E como tal, foi vendida ao
eleitorado.
A política nos dias atuais, é bom lembrar, não
comporta o repeteco do “E o vento levou”. Aquele foi um bom filme, diga-se, mas
apenas isso. Na vida real, no cotidiano das pessoas, a história é outra muito
diferente.
Como diria o amigo Maisena: E TENHO DITO!
Reginaldo Monteiro
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