Um levantamento contratado pela Prefeitura do Rio apontou que 95 mil pessoas vivem em casas em áreas de alto e médio risco de escorregamentos, em 121 comunidades na cidade. O “Mapa de Susceptibilidade a Escorregamentos” foi feito pela empresa de Engenharia Concremat, a pedido da Fundação Geo-Rio, após as chuvas de 2010, e deu origem ao “Inventário de Risco”.
Do total, quase 66.815 mil pessoas vivem em áreas de alto risco e 27.997 em locais de médio risco na capital. Os meses de verão são, historicamente, aqueles em que há chuvas mais fortes e escorregamentos no Rio.
Deslizamento na parte alta do Morro do Borel matou 3 em 2010
São 20.247 domicílios em alto risco e 8.484 em locais de médio risco. Tendo em vista a média de 3,3 pessoas por residência na cidade do Rio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essas residências ameaçadas equivalem a 66.815 pessoas em áreas de alto risco e 27.997 em médio risco.
De acordo com o “Inventário de risco”, apenas nas sete comunidades (Rocinha, Morro do Alemão, Joaquim de Queiroz, Borel, Barão, Bispo e Morro da Formiga) com maior número de edificações em áreas de alto risco são 18.673 pessoas sob ameaça – em 2.667 residências –, diante das chuvas.
Apesar de o trabalho ter sido feito por encomenda de um órgão municipal, o iG revelou que a Prefeitura do Rio recorreu à Justiça para suspender liminares de 13 ações civis públicas do MP que a obrigavam e o Estado a fazer obras emergenciais de prevenção a deslizamentos. O presidente do TJ, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, cancelou as liminares, em bloco, a pedido da prefeitura e do Estado.
O site da Defesa Civil do Município informa que o “Inventário de Risco” é “um levantamento que identifica onde a possibilidade de deslizamento do solo pode deixar em risco a vida de pessoas”. Segundo o órgão, há 117 Comunidades na condição de “altíssimo risco de deslizamento”.
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