08 janeiro 2013

Filósofos questionam a supervalorização do amor romântico

Lambe-lambe que pede "Mais amor, por favor", no viaduto Antártica, em São Paulo

O amor está longe de ser a solução para o fim do sofrimento humano. Pelo menos aquele amor romântico de filmes e novelas. Quem defende essa ideia é o filósofo Simon May, professor do King's College, em Londres, e autor de "Amor - Uma História", lançado aqui no fim do ano passado. Para ele, o sentimento está supervalorizado: ocupou o espaço deixado pela religião e se tornou o novo deus do Ocidente.

"Somos todos fanáticos. Exigimos que nosso sentimento seja eterno e incondicional e camuflamos sua natureza condicional e efêmera. É a mais nova tentativa humana de roubar um poder divino", disse.

ROMANTISMO
No livro, Simon May traça um histórico das diferentes concepções de amor ao longo da história e atribui ao romantismo do século 19 a culpa pela supervalorização do sentimento. Simon May não acredita que a solução seja dar menos importância ao sentimento, mas rever os conceitos. "Precisamos mudar nossas expectativas, não reduzi-las. É preciso abandonar a ideia de que amor implica em intimidade incondicional, benevolência e altruísmo. Para mim, amor é algo completamente condicional. Ele só existe enquanto a outra pessoa parece dar sentido à nossa existência."
(Folha)



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