Escolas particulares na cidade de São Paulo com mensalidade mais em conta, que tiveram uma explosão de matrículas nos últimos anos, são em média menos equipadas que as da rede municipal e têm menos professores com ensino superior e licenciatura, mostram dados do Censo Escolar 2011.
A análise das informações, feita a pedido da Folha pelo pesquisador Thiago Alves, da Universidade Federal de Goiás, mostra que, no ensino fundamental, os colégios que cobram até R$ 500 contam com menos laboratórios de informática, bibliotecas e quadras de esporte que os municipais. Nessas instituições particulares, 21% dos professores de 1º a 5º ano cursaram somente até o ensino médio. Nas municipais, são 4%.
Cerca de 90% dos docentes dos anos iniciais do fundamental na rede municipal têm curso superior com licenciatura ou equivalente. Na privada, a porcentagem é de 55%.
Um levantamento da Folha em 962 escolas da capital revela que as instituições que cobram mensalidades de até R$ 500 tiveram aumento de 147% no número de matrículas desde 2001 (nas demais particulares, a alta foi de 15%; nas municipais, houve queda de 14%). A maioria dessas matrículas se concentra nos anos iniciais do fundamental, etapa em que 40% dos alunos pagam menos de R$500.
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