Considerada a disputa legislativa mais concorrida do País, a corrida por uma das 55 cadeiras da Câmara Municipal paulistana requer, antes de mais nada, fôlego financeiro. Uma campanha alentada poderá custar nestas eleições, segundo relatos dos próprios vereadores, até R$ 8 milhões. O salário atual de um parlamentar municipal é R$ 9.288,05 – a soma em quatro anos de mandato, incluindo o 13º, não chega a meio milhão de reais.
O objetivo eleitoral de gastos alentados como esse é conseguir ao menos 40 mil votos nominais, que somados aos votos de legenda são suficientes para uma vitória. Ou seja, ao final da campanha, o candidato a vereador terá desembolsado cerca de de R$ 200 por voto conquistado.
Os custos de uma campanha parlamentar em São Paulo, porém, dependem muito do perfil do candidato. Se ele dispuser de outros "benefícios" listados nas páginas deste caderno, como presença forte numa área específica e bons padrinhos políticos, o valor final a ser gasto se reduz.
Os 1.185 candidatos que registraram suas candidaturas neste ano informaram oficialmente à Justiça Eleitoral que pretendem gastar, em média, R$ 2,7 milhões na campanha. Os valores mudam de acordo com a sigla. No PCO, a previsão é de R$ 50 mil por candidato. Já os postulantes do PSD, PSDB, PRB, PT do B e PTN, por exemplo, já entram na casa do milhão.
Em 2008, a campanha mais cara custou R$ 1,7 milhão declarados. Esse foi o valor informado à Justiça pelo vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), que gastou R$ 40 por voto. Naquele ano, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral, cada postulante ao Legislativo paulistano desembolsou, em média, R$ 12,15 por voto conquistado.
(Estadão)
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