12 agosto 2012

COMPORTAMENTO: Como me reconciliei com meu pai

A relação dos filhos com a mãe é visceral, matriz, como o nome sugere. A relação deles com o pai, ao contrário, é construída ao longo dos anos, entre erros e acertos, distanciamentos e aproximações.
Veja histórias com final feliz de quem conseguiu perdoar, se reconciliar ou se reaproximar do próprio pai.
Arquivo pessoal
Caio ganhou um avô amoroso quando Carlos reconheceu a paternidade de Tatiana.
“Eu me encontraria com ele pela primeira vez. Era a chance de conhecer minha história. Intuí a vida toda que tinha algo errado e só eu não sabia.” 
(Tatiana Garofalo Quintal, filha de Carlos)

Quando os pais se separaram, Tatiana Garofalo Quintal, 36 anos, técnica de laboratório, tinha 2 anos. A mãe teve um breve relacionamento com um homem chamado Carlos e voltou para o ex, Antonio. Mas logo o casamento terminou de vez.
Antônio se casou novamente e descobriu que era estéril. Tatiana, portanto, não podia ser sua filha biológica. “Ele se afastava cada vez mais e eu não entendia”, lembra. Há cerca de dois anos, Antônio a procurou e mencionou Carlos. “Só então minha mãe contou que ele não era meu pai. Eu sabia que talvez Carlos fosse.”
Mesmo com medo da rejeição, decidiu procurá-lo. “Passei seis meses me preparando para falar com ele”, diz. Carlos viria de Goiás, onde mora, a São Paulo para fazer o teste de DNA em janeiro de 2011. “Eu me encontraria com ele pela primeira vez. Era a chance de conhecer minha história. Intuí a vida toda que tinha algo errado e só eu não sabia.”
O resultado deu positivo. “Em abril, fui visitá-lo. O encontro foi muito carinhoso e emocionante. Eu me senti um presente para eles. Meus filhos adoraram ganhar um avô. Muitos pais teriam rejeitado essa filha-surpresa, mas, felizmente, não foi o que aconteceu.”
(IG)
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