04 junho 2012

"Me senti no dever", diz médica que desabafou por ajuda em hospital; veja o vídeo

Carioca de 58 anos e 23 de profissão, a doutora Ângela sempre trabalhou em hospitais públicos e há três anos está na emergência do Rocha Faria.
— Numa emergência só chegam pacientes graves. Não é consultório. Não é ambulatório.
Naquela noite, pelo menos três médicos deveriam estar no pronto-socorro. Mas a doutora Ângela estava sozinha.
— Deu entrada um infartado e um suicida. Então, são dois casos bem distintos e você tem que socorrer os dois ao mesmo tempo.
A médica contou que, sem conseguir trabalhar direito, ela precisou dar uma satisfação a quem esperava há horas por um médico.
— Eu me senti no lugar dos pacientes. O sofrimento desse povo marcado pelo descaso. Isso me tocou. Me revoltou.
Segundo Ângela, que ganha R$ 4.100 por mês, os médicos estão fugindo dos hospitais Públicos.
— Não existem médicos, os médicos não querem mais trabalhar. Pelo salário, pelo o que estão pagando, ninguém quer mais trabalhar. E muito desgaste. É estresse.
(R7)

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