As frases compostas pela fala “pastosa” denotavam o sentimento de culpa. Porém, ao mesmo tempo, o esboço de um leve sorriso parecia não dar a total dimensão da tragédia que poderia ter ocorrido. Tudo misturado ao hálito forte de álcool. Era assim que estava Jair Vieira, 46 anos, pouco depois de ter atropelado duas jovens e um bebê de apenas 8 dias, ontem, no Parque Jaraguá, em Bauru. O caso do motorista, que tinha dez vezes mais álcool do que o permitido no organismo, é um dos muitos registrados na cidade (leia mais abaixo).
O caso ocorreu no fim da tarde de ontem na quadra 4 da sua Samuel Casali. Lá, segundo testemunhas, Débora Cristina Pedro, 16 anos, estava com seu filho, Lucas Gabriel Pedro, de apenas oito dias, na beira da calçada. Junto aos dois estava ainda Vanessa Pereira dos Santos, 17 anos, amiga da família.
Foi quando o auxiliar de serviços gerais Jair Vieira veio com seu veículo, um Gol placas KLV 7909, e os atingiu. “O carrinho de bebê voou longe”, conta Jessilin Tainara, 17 anos. Pelo chão, além do carrinho danificado - que foi jogado a cerca de 10 metros -, era possível ver marcas de sangue e vidro estilhaçado.
Moradores
levaram as três vítimas ao Pronto-Socorro Central (PSC). De acordo com a Polícia Militar (PM), as duas jovens tiveram lesões leves nas pernas; já a criança, dois cortes na cabeça. Apesar de não ter sido constatado nada grave, o bebê passaria a noite em observação na unidade.
No local do acidente, os policiais encontraram o motorista. “Ele estava com a voz pastosa e cambaleando. Aceitou fazer o teste do etilômetro, que acusou 1,35 miligramas por litro de ar alveolar”, conta o sargento José Roberto Francelozo.
De acordo com a legislação enfraquecida recentemente, o permitido é até 0,13. Desta quantidade até 0,33, o motorista recebe uma notificação. Acima desta quantia, configura-se crime. No teste de ontem, Jair Vieira estava com dez vezes mais álcool do que o permitido no organismo.
(JCnet)
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