Anunciadas como um avanço nas atividades do Judiciário, as salas de videoconferência para ouvir presos a distância estão subutilizadas em São Paulo. O sistema de teleaudiência devia dar mais segurança a juízes e trazer economia aos cofres públicos, mas está praticamente ocioso e longe da rotina da maioria dos juízes das Varas Criminais da capital e do interior. Enquanto o sistema não funciona, o governo estadual continua a gastar dinheiro e policiais militares com escolta de presos.
O sistema, cuja instalação custou R$ 32 milhões aos cofres públicos, tem 27 salas de videoconferência em fóruns da capital e interior, além de outras 39 salas em penitenciárias paulistas. São Paulo tem hoje 151 unidades prisionais, com uma população de 180 mil detentos.
Números da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP) mostram que 2.121 teleaudiências foram realizadas em 2011. Para cada uma das 27 salas de fóruns, há uma média de 78,5 teleaudiências por ano, ou 6,5 teleaudiências por mês.
(Estadão)
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