Quando a noite cai, pelo menos 14 quarteirões da avenida Afonso Pena, principal corredor de trânsito do Centro de Belo Horizonte, passam a ter donos. Entra em cena um grupo seleto formado por traficantes e cafetões que transforma a via em referência no comércio de drogas e de sexo fácil, envolvendo, principalmente, os travestis. Quem não segue à risca as regras ou atravessa o caminho dos mandatários do corredor é expulso do mercado ou pode acabar morto.
A pena capital se dá, na maioria das vezes, quando os travestis não pagam as dívidas do tráfico ou o “aluguel”, aos cafetões, pelo metro quadrado da “pista” mais cobiçada pelos integrantes do submundo da capital. Por sorte, alguns sobrevivem, mas não antes de receber de presente “um doce”. A gíria é atribuída a castigos como a raspagem das cabeças, o envenenamento das próteses industriais aplicadas nos seios e nos glúteos e até a mutilação de membros.
(R7)
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