Nessa época é comum percebermos um considerável aumento de casos de desidratação, intoxicação alimentar, insolação, queimaduras e outras doenças infecciosas.
O verão chegou com força total e as crianças são as que mais aproveitam as tardes quentes e ensolaradas. Quando o calor está relacionado com viagens, brincadeiras na rua e alimentação diferenciada, a diversão fica ainda maior.
Mas, para a preocupação dos pais, os riscos para saúde são enormes durante a estação e alguns cuidados são fundamentais para garantir proteção aos pequenos.
Nesse período é preciso atenção redobrada para garantir a saúde das crianças. Os principais riscos estão no calor e no excesso de umidade, que podem fazer mal a saúde. Os pais devem ficar atentos e evitar a ocorrência de desidratação, intoxicação alimentar, insolação, queimaduras e outras doenças infecciosas que aumentam no verão, como dengue, febre amarela e diarreias.
Dengue e febre amarela
Transmitidas por mosquitos, estas doenças requerem cuidados específicos. Quando pensamos em doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e febre amarela, a primeira recomendação é impedir que haja a picada. Em geral, devem-se utilizar vestimentas que possam cobrir as áreas usualmente expostas do corpo (o que é muito difícil no verão); e a segunda recomendação é utilizar repelentes nas áreas expostas.
Receita de repelente natural – Em 1 litro de álcool despeje de 10 a 15 cravos, deixe curtir por uns 20 dias, depois da maturação coloque 1 colher de sopa de óleo de amêndoa, misture e coloque no borrifador. Aplique nas áreas expostas, os mosquitos em geral detestam o cheiro do cravo.
Quando o assunto é a dengue, doença mais comum, que não dispõe de vacina e pode gerar sérias complicações, o ideal é eliminar o foco de transmissão. É importante que a sociedade tome atitudes diariamente para eliminar os criadouros dos mosquitos como remover água dos vasos de plantas, deixar a caixa d’água tampada e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas, pneus).
A febre amarela é mais rara, principalmente nas grandes cidades, mas é também muito grave – e a vacina é a principal ferramenta de prevenção da doença. A vacina é recomendada a partir dos nove meses de idade para aqueles que se deslocam para as áreas de risco da doença – há um mapa sempre atualizado no site do Ministério da Saúde, que os pais ou responsáveis podem consultar, antes de viajar. A vacina deve ser realizada no mínimo 10 dias antes da viagem.
Intoxicação alimentar
Para evitar as doenças transmitidas por água e alimentos, o ideal é conferir tudo que as crianças consomem. Elas devem beber somente líquidos que estejam seguramente envasados, já que tomar a água de torneira, por exemplo, pode aumentar o risco de doenças no sistema digestivo, causando diarreia e vômitos. Outro cuidado é oferecer apenas alimentos lavados, descascados ou cozidos.
Areia da praia
Um dos atrativos para crianças durante o verão é a brincadeira nas areias da praia. Montar castelinho, jogar bola e se deliciar com os pés descalços. Nessa área não se esqueça do bicho geográfico. É um verme que tem sua origem nas fezes contaminadas de cachorros e gatos nas areias. Usualmente os ovos dos vermes ficam alojados nas areias e, ao eclodir, o verme sai e pode penetrar na pele da pessoa. O verme faz um trajeto sinuoso por dentro da pele, como um túnel, o que coça bastante. O cuidado é verificar se o ambiente de areia em que a criança vai brincar tem risco de circulação de animais e portanto presença de fezes desses bichos. Além de colocar as crianças sentadas em esteiras ou cadeirinhas tentando minimizar o risco de um contato maior com a areia.
Vômitos, diarreias e desidratação
Mesmo com todos esses cuidados, o risco da criança se contaminar permanece. Pode parecer estranho, mas o segredo é não impedir o processo de vômitos e diarreia, já que esses são os mecanismos de defesa do organismo para eliminar toxinas e agentes infecciosos.
De qualquer maneira, os pais devem ficar atentos ao processo de eliminação das toxinas. O prolongamento desses sintomas pode causar desidratação. Por isso, durante todo o período deve-se sempre ofertar líquido para a criança e uma dieta leve. Caso o processo não se resolva com as medidas caseiras deve-se procurar imediatamente um serviço médico.
Insolação e queimaduras
Muitos pais ainda descuidam quando o assunto é o protetor solar, mas a pediatra é incisiva na recomendação. A cultura de passar protetor somente na praia ou em dias de piscina é completamente errada. As crianças, quando expostas aos raios ultravioletas, necessitam de proteção. O câncer de pele continua fazendo vítimas, e as crianças estão entre elas.
Os horários para tomar sol devem ser respeitados e as crianças devem ficar expostas apenas no início da manhã e no final da tarde: Fora destes horários, lugar de criança é na sombra.
Quem tem sabe, com criança não se brinca, temos que ter os cuidados redobrados nessa época, afinal, verão é pra se divertir, não para ficar em fila de Pronto Socorro.
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