Por inspiração do presidente da câmara municipal, vereadores de Pederneiras estiveram visitando algumas empresas instaladas na cidade. O objetivo, segundo divulgado, foi “se apresentarem e se colocarem à disposição para quaisquer necessidades que tenham”.
Certamente o “...à disposição para quaisquer necessidades que tenham” foi pura força de expressão, porque sabe-se, isso seria impossível. O “quaisquer necessidades” nesse caso deve dizer respeito a questões estritamente afetas ao poder público municipal. Quem sabe fosse interessante continuar visitando as empresas dos mais diversos segmentos para tomar conhecimento das suas atividades, ambiente de trabalho, etc. Mas valeu a intenção.
No entanto, cremos importante um chamamento aos vereadores: aproveitem o chamamento do presidente da Câmara e visitem as ruas da cidade para ver se há algumas sem asfalto ou esburacadas, e avaliem a qualidade da operação tapa-buracos; visitem as áreas tomadas pelo capim e pelo mato (particulares e públicas); visitem as instalações dos estabelecimentos de saúde, especialmente o pronto-socorro, para coletar informações de como poderia ser melhorado o atendimento à população; visitem escolas públicas; visitem entidades assistenciais; visitem as associações de moradores e discutam com seus dirigentes parcerias que proporcionem melhoria da qualidade de vida das comunidades; visitem o parque ecológico para constatar o seu total abandono; visitem algumas praças públicas, inclusive a da Matriz, para ver que lamentável o estado de conservação delas; visitem a empresa de transporte coletivo para saber o que ela tem feito para melhorar a qualidade do atendimento aos pederneirenses; visitem, visitem... Enfim, seria uma caminhada interessante. Dezenas de problemas estão à espera disso.
Na política, para além das visitas de cordialidade, há que se estabelecer uma relação com o povo e a cidade que permita apontador problemas, falhas e omissões. Honrosas exceções tem se preocupado com isso.
Lembremo-nos que também compete à edilidade criticar e sugerir soluções para o que não funciona.
Reginaldo Monteiro
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