Aos 17 anos, uma grávida de oito meses descobriu que o bebê está morto, dentro da barriga. Ela mora em Fundão, na Grande Vitória, e já percorreu oito hospitais do Espírito Santo em busca de uma solução. Josiane Nunes está há quase três semanas com o feto morto no ventre, mas os médicos não fazem a cirurgia. De acordo com o presidente da Sociedade de Ginecologia, professor e médico do Hospital das Clínicas, Dr. Henrique Zacarias, é normal toda a espera de Josiane. "O habitual para um feto morto retido é aguardar 30, 40 dias, para ter evolução espontânea. É desagradável para o médico e ruim para a paciente operá-la", explica o médico.
Mas, para a família, o sofrimento só aumenta com a espera. "Quando fui fazer ultrassom, eu estava muito feliz. Eu queria um menino, e é um menino. Aí recebi a notícia de que ele está morto... É muito difícil, muito mesmo. O nome dele seria Luís Miguel", conta Josiane.
Em 15 dias, a jovem já passou por 6 municípios e foi atendida em pelo menos 7 hospitais e postos de saúde: Pronto-Atendimento (PA) de Fundão, Hospital de Aracruz, Hospital de Santa Teresa, PA de Carapina e Hospital Dório Silva na Serra, Hospital das Clínicas em Vitória e Hospital Infantil em Vila Velha. Mas nenhuma solução é tomada para o caso da adolescente.
(Fonte: G1)
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