14 janeiro 2012

Andamos no S-18, o primeiro chinês flexível


Logo ao sentar no banco do motorista e girar a chave no contato, fica fácil perceber porque a Chery escolheu o S-18 para ser seu primeiro flexível. Em termos de qualidade de construção e dirigibilidade, o compacto tabelado a R$ 31.990 é o melhor produto da marca no País.
Com motor 1.3 Acteco Flex, que gera até 91 cv de potência e 13 mkgf de torque (com etanol), ele também é o flexível pioneiro produzido na China.
Como é comum nos carros chineses, o S-18 vem completinho. De série há ar-condicionado, direção hidráulica, espelhos, vidros e travas elétricos, ABS, airbags frontais, toca-CDs e MP3 com entrada USB, regulagem de altura de volante e faróis, além de rodas de liga leve de 14 polegadas. Não há opcionais.
Embora mostre evolução a cada lançamento, a Chery continua a cometer erros de principiante. Com apenas 165 km rodados, a unidade testada do S-18 estava com a direção desalinhada para a direita. Bastou pegar uma rua esburacada para surgirem ruídos na tampa do porta-luvas e “grilos” no painel. A manopla do câmbio gira com o uso contínuo e o acionamento do alarme falhou várias vezes durante a avaliação.
O painel causou estranheza. É esquisito guiar e não ter os mostradores acima do volante. Isso não é um defeito, mas uma questão de hábito – essa solução também está no Xsara Picasso, por exemplo. E por falar em Citroën e painel, ele é digital, de fácil leitura, e traz um conta-giros igualzinho ao do hatch C3.
Fora isso, o acabamento é honesto. Não há tantas rebarbas como em outros chineses, inclusive da própria Chery, e as saídas de ar em forma de turbina dão charme à cabine do S-18. Um dos pontos negativos são os comandos do ar-condicionado, que aparentam fragilidade.
O motor é esperto e gera força suficiente para levar o carro com desenvoltura em retas e subidas leves. Já em aclives acentuados o torque máximo entra tarde, às 4.600 rpm. É preciso “descer” as marchas e ter paciência.
O 1.3 é áspero acima das 3 mil rpm, mas o isolamento acústico é bom. O mesmo não se pode dizer do ruído de rodagem – como os vidros são finos, o barulho reverbera sem cerimônia.
Os pedais são muito finos, os bancos não têm abas – o corpo escorrega –, e a carroceria rola muito nas curvas. Em contrapartida, a estabilidade agradou.
(Fonte: JT)

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