
Na última terça-feira (4), cerca de vinte pessoas, segundo relato, estiveram no pronto socorro de Pederneiras e ficaram por quase duas horas à espera do atendimento médico, após preenchimento da burocracia documental na recepção.
Algumas dessas pessoas desistiram de esperar e acabaram buscando alternativas, como balcões de farmácia. “É um absurdo que a gente chegue lá passando mal e tenha que piorar na recepção, esperando o médico que não vem. Se o caso for de vida ou morte, morre no local onde devia ser atendido”, disse uma fonte, que deixou o pronto socorro sem ser atendido.
Algumas dessas pessoas desistiram de esperar e acabaram buscando alternativas, como balcões de farmácia. “É um absurdo que a gente chegue lá passando mal e tenha que piorar na recepção, esperando o médico que não vem. Se o caso for de vida ou morte, morre no local onde devia ser atendido”, disse uma fonte, que deixou o pronto socorro sem ser atendido.
O Pederneiras de Fato foi contatado para divulgar e chamar atenção da administração do pronto socorro e dos profissionais que ali atuam.
Já experimentei a deficiência do atendimento médico no PS de Pederneiras
Numa madrugada de agosto fui acometido de crise de hipertensão arterial. Me dirigi ao pronto socorro. Após checagem do meu convênio Unimed e preenchimento da ficha médica tive imediato primeiro atendimento por parte de uma enfermeira.
Constatada a pressão arterial muito alta, a profissional contatou o médico por interfone. Fui levado a uma sala, medicado por ela e acomodado. Mais tarde, nova medição e a pressão ainda continuava muito alta. Novamente a enfermeira interfona para o médico e retorna minutos depois com mais medicamentos e reforça a dose. Até nesse instante, nada de médico.
Passado um tempo, mais que uma hora ao menos, abro os olhos depois de haver dormido um pouco - efeito dos remédios -, ainda grogue, levanto a cabeça e observo um jovem de macacão branco me observando. Alguns segundos, nenhuma palavra dele, que continuava a me observar, falei: meus olhos são castanhos escuros. Ele retirou-se da sala sem dizer uma palavra.
Em seguida, a enfermeira entra no quarto, mede novamente a pressão, constata que já em parâmetros de normalidade e me informa: “o Doutor disse que com a pressão normalizada o senhor pode ir pra casa”.
Perguntei: mas ele não vai conversar comigo, perguntar algumas coisas, tentar iniciar a investigação médica do que causou isso? Ela respondeu que ele a havia instruído a medicar e depois que a hipertensão controlada, liberar-me.
Ainda questionei um pouco mais, no sentido de saber se ele (médico), diante da crise hipertensiva não poderia ou deveria me encaminhar a um colega de área mais específica para prosseguir o tratamento, ou me recomendar tal providência. A resposta foi de que ela estava apenas instruída a me liberar.
Ou seja, eu poderia sair de lá imaginando que estava curado, não buscar um atendimento especializado e dois ou três dias depois tombar vítima da famosa “morte silenciosa”. Exima-se disso a atendente e a enfermeira que me atenderam com presteza e atenção. Aliás, quem deveria ganhar pelo plantão era a enfermeira, que efetivamente foi quem me atendeu.
Ou seja, eu poderia sair de lá imaginando que estava curado, não buscar um atendimento especializado e dois ou três dias depois tombar vítima da famosa “morte silenciosa”. Exima-se disso a atendente e a enfermeira que me atenderam com presteza e atenção. Aliás, quem deveria ganhar pelo plantão era a enfermeira, que efetivamente foi quem me atendeu.
É esse o atendimento de pronto socorro que precisamos?
Algumas sugestão cabem à administração do pronto socorro:
1. melhorar rápida e substancialmente o atendimento médico;
2. fixar na sala de recepção, legível e em local visível, a relação dos médicos de plantão para cada turno;
3. criar uma ouvidoria a ser conduzida por pessoa sem vínculo com prefeitura, santa casa ou outra área ligada à saúde.
1. melhorar rápida e substancialmente o atendimento médico;
2. fixar na sala de recepção, legível e em local visível, a relação dos médicos de plantão para cada turno;
3. criar uma ouvidoria a ser conduzida por pessoa sem vínculo com prefeitura, santa casa ou outra área ligada à saúde.
Reginaldo Monteiro
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