A Prefeitura de Pederneiras está revendo contrato assinado no fim
de 2016 entre município e Santa Casa para a gestão do Pronto-Socorro (PS). O
prefeito Vicente Minguili alega que houve redução de R$ 2 milhões nos
repasses para 2017 e que isso poderia inviabilizar o atendimento de urgência e
emergência na cidade. Proposta emergencial foi apresentada ao hospital para
análise até que novo acordo seja fechado. Segundo o Executivo, o governo
anterior repassava por mês à Santa Casa R$ 589 mil para a manutenção do PS, o
que dava o total de pouco mais de R$ 7 milhões por ano. No dia 28 de dezembro,
convênio assinado entre as partes para 2017 reduziu repasse para R$ 5 milhões,
com proposta de pagamento de pouco mais de 50% desse total entre janeiro e
abril e, a partir de maio, transferência mensal de R$ 300 mil. Na avaliação de
Minguili, houve uma "falha" no convênio que precisa ser revista.
"Esta primeira semana de governo foi realmente para nos inteirarmos das
situações e, quando nos deparamos com o convênio da Santa Casa, levamos um
susto", diz. "A Santa Casa sempre foi prioridade pra nós e não
vamos aceitar que, por causa de política, o Pronto Socorro seja fechado". Na
última quinta-feira (5), o prefeito reuniu-se com o provedor da entidade,
Herbert Viegas, com a administradora, Maria Cristina Romano, e com o membro da
mesa administrativa José Cláudio Granja para discutir a situação. No encontro,
Minguili propôs à Santa Casa uma adequação no plano de trabalho e no cronograma
de desembolso para que o PS não corra o risco de fechar as portas. A ideia é
repassar ao hospital, em janeiro e fevereiro, os mesmos R$ 589 mil que eram
repassados em 2016 até que uma nova alternativa seja avaliada para os demais
meses de 2017. De acordo com a prefeitura, a Irmandade da Santa Casa se
comprometeu a apresentar ao município, no prazo de dez dias, documentos
comprovando onde o dinheiro repassado para o PS está sendo utilizado.
(JCnet)