Polícia Civil cumpre nesta terça-feira
(23) 15 mandados de busca e apreensão na Câmara Legislativa do Distrito
Federal. A investigação policial busca apurar as denúncias apresentadas pela
deputada Liliane Roriz (PTB), em que colocam a presidente da Câmara, Celina
Leão (PPS), sob suspeita de articular um esquema de pagamento de propina em
contratos de UTI. Os principais alvos são os membros da Mesa Diretora: Celina
Leão, Raimundo Ribeiro (PPS), Júlio César (PRB) e Bispo Renato Andrade (PR).
Também é alvo o deputado Cristiano Araújo (PSD). A ação policial ocorre quase uma semana depois de a
corporação buscar documentos e computadores no Palácio do Buriti, em uma
investigação para apurar suspeitas de extorsão contra a presidente do
SindSaúde, Marli Rodrigues. Nos áudios feitos por Liliane, Celina fala sobre
mudança de finalidade de uma emenda parlamentar que direcionou R$ 30 milhões da
sobra orçamentária da Câmara a um grupo de seis empresas que prestam serviço de
UTI. Segundo as denúncias, o repasse acabou beneficiando deputados da Mesa
Diretora. Em entrevista exclusiva à TV Globo, Liliane detalhou parte do suposto
"acordo". Segundo ela, a negociação tratava de uma "sobra
orçamentária" de R$ 30 milhões, destinada originalmente à reforma de
escolas e unidades de saúde. No começo de dezembro, os distritais aprovaram uma
mudança no texto, direcionando o aporte para pagar dívidas do Palácio do Buriti
com prestadoras de serviço em UTIs. Pela denúncia, o esquema envolveria repasse
aos deputados de 7% sobre o valor das emendas.
(G1)
(G1)