A microcefalia associada ao zika vírus está cada vez mais perto de ser
cientificamente confirmada: o Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz do Paraná
divulgou uma pesquisa que comprova que o zika vírus pode atravessar a placenta
e chegar ao feto. A confirmação aconteceu por meio de uma mãe que teve um
aborto retido ainda no primeiro trimestre de gestação, que é quando o bebê para
de se desenvolver na barriga da mãe mas não é expelido pelo corpo da mulher.
Por ela ter relatado sintomas do zika no início da gravidez, a placenta foi
enviada para análise no Instituto Carlos Chagas, no Paraná. Segundo o
instituto, os resultados dos exames da placenta deram positivo para os
flavivírus, da família do zika, dengue e chikungunya, ou seja, as proteínas de
algum vírus desse grupo estavam presentes tanto na mãe como no feto. Para
confirmar se realmente havia sido zika, a equipe do Laboratório de Virologia do
ICC/Fiocruz fez a identificação do genoma viral por meio de técnicas avançadas
e identificou o zika. A transmissão intrauterina, então, foi confirmada. Além
disso, os pesquisadores fizeram exames para detectar se havia uma possível
infecção por dengue, mas o resultado foi negativo.
(Último Segundo)