O empresário Adauto José Souto mora em Belém mas, ao contrário de muitos
paraenses que aproveitam as altas temperaturas no mês de julho, decidiu passar
as férias em Minas Gerais em vez de procurar os balneários do nordeste do
estado. O motivo, segundo ele, é a irritação provocada pelo tráfego de veículos
nas praias de Salinópolis, ou Salinas, como é mais conhecida pelos
veranistas do estado a cidade que fica a 214 km da capital. "Não gosto
muito de ir para Salinas por causa dos carros que ficam nas praias. Deveriam
fazer um grande estacionamento nas proximidades, porque os veículos incomodam
demais as pessoas. Além disso, há risco de acidentes. Eu já vi alguns carros
colidindo nas praias de Salinas", disse. O tráfego de veículos é liberado
nas praias do Atalaia e Farol Velho, onde banhistas disputam espaço com carros
e motocicletas. Segundo o universitário Pedro Braga Silva, este é o grande
problema do balneário. "Os carros em si não impedem a minha diversão, o
que impede é a falta de organização na praia. Sempre passei as férias em
Salinas e este sempre foi o grande problema", disse. O ordenamento do
trânsito nas praias de Salinas é feito pela Secretaria de Segurança Pública do
Pará em parceria com o município e o Detran. Segundo o coronel Hilton Benigno,
que coordena a operação, o principal desafio é ordenar o fluxo de veículos na
areia. "Devido ao elevado número de veículos no período de férias fizemos
uma parceria com barraqueiros para criar um corredor de tráfego", explica. Por
este corredor passam carros e motos.
(G1)