A barbeiragem na compra de sete embarcações por R$ 300
milhões, feita pelo governo do estado do Rio de Janeiro para a CCR Barcas
operar a travessia Rio-Niterói, virou alvo de investigação do Ministério
Público do Rio (MPRJ). Os problemas da nova aquisição foram mostrados na semana
passada, com os resultados do primeiro mês de operação da gigante Pão de
Açúcar. Além de o tempo de viagem ter aumentado de 15 para 25 minutos, o custo
operacional é maior do que o das antigas barcas. A coordenadora do Centro
de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da
Cidadania (CAO Cidadania), Patrícia Villela, encaminhou as denúncias publicadas
para ser analisadas por uma das oito Promotorias de Justiça de Cidadania da
Capital. Se forem identificadas irregularidades na compra, a apuração pode ser
transformada em ação civil pública, e os responsáveis, denunciados por
improbidade administrativa. Em
nota, a Secretaria estadual de Transportes informou que vai aguardar a apuração
do Ministério Público e que está à disposição para prestar qualquer
esclarecimento. Na quarta-feira, o gestor da pasta, Carlos Osorio, reforçou que
a barca Pão de Açúcar ainda está em fase de operação assistida. Ele nega que a
nova embarcação — cujo projeto foi feito por técnicos da gestão anterior, do
então secretário Júlio Lopes, que atualmente é deputado federal — tenha custo
operacional por passageiro maior do que os catamarãs atuais.
(O Dia)