De todos os lados pipocam problemas que tem a ver com
a administração do prefeito Camargo. E de origens diferentes. Informações dão
conta de que o passe no transporte coletivo concedido aos legionários mirins de
Pederneiras teria sido suspenso. Igualmente, o passe das pessoas a partir de 60 anos
de idade teve o mesmo destino.
A suspensão dos passes teria sido decidIda pela empresa
Jauense, que presta o serviço de transporte coletivo municipal através de
contrato emergencial. Ao que parece, no caso dos legionários mirins, a Jauense
estaria disposta a retoma-los. A empresa já teria solicitado da entidade que
os representa, documentação para efeito
de cadastramento.
Já em relação às pessoas a partir de 60 anos de idade, o que
se pode dizer é que, embora sem legislação específica, fizeram jus ao benefício
desde a época da ECCP. Lei municipal recente, de autoria do prefeito Camargo, determina
que esse direito seja concedido apenas a idosos a partir de 65 anos, o que vai em
direção contrária a muitos municípios brasileiros de pequeno, médio e grande
porte. Inclusive para a capital paulista, o governador Geraldo Alckmin
implantou, no sistema de transporte da capital sob responsabilidade do Estado, a gratuidade a partir dos 60 anos.
Outra medida que a Jauense teria adotado, diz respeito a retirada dos
cobradores das unidades de transporte coletivo a partir das 19 horas. Essa
informação foi prestada ao blog pelo vereador Mauro Soldado. É uma decisão que, sem dúvida, sobrecarrega os motoristas,
que tem de dirigir o veículo, receber a tarifa do usuário e devolver a ele troco
se for o caso.
Cabe lembrar que o resultado da licitação entre as duas
empresas que foram habilitadas para disputar o serviço de transporte coletivo
em Pederneiras sequer foi divulgado ainda. E, sendo esse serviço da competência municipal,
não teria cabimento à empresa contratada emergencialmente, estar agindo como se concessionária
fosse.
A administração municipal não pode acompanhar esses episódios
com ouvidos moucos. Num momento como o que vivemos, retirar ou permitir que retirem
benefícios da população seria aderir ao sistema “saco de maldades”, como o que
Pederneiras vivenciou num passado recente, quando privou a população dos
serviços públicos em várias sextas-feiras, através de simples decreto.
Com a palavra os vereadores, eleitos para serem legítimos
representantes do povo.
Reginaldo Monteiro