05 fevereiro 2013

Renan vai decidir sobre pedido de impeachment do procurador-geral da república


O novo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá a atribuição de colocar sob apreciação do Senado uma representação contra o seu principal acusador: o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A representação foi apresentada à Mesa Diretora do Senado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) e pede a abertura de impeachment contra o procurador-geral no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Na semana passada, Gurgel tirou da gaveta e apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), a denúncia de que Renan teria utilizado documentos falsos para comprovar despesas pagas com recursos do Senado. Renan é acusado de ter praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica e utilização de documentos falsos, quando teve que explicar a acusação de ter a pensão de sua filha, com a jornalista Mônica Veloso, pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior.

No PMDB, partido que se esforçou para retirar o nome do procurador-geral do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Cachoeira, o sentimento é de não impedir a apreciação da petição. O próprio Renan teria se articulado no ano passado nos bastidores para que Gurgel não fosse citado por prevaricação diante das suspeitas levantadas sobre o esquema comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, na Operação Vegas, da Polícia Federal.
O pedido de impeachment de Gurgel foi apresentado no ano passado, durante o funcionamento da CPI, devido a recusa do procurador de comparecer ao Senado para explicar a falta de denúncia da organização criminosa, mesmo com as provas colhidas pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo.
Durante a sessão do Senado que elegeu Renan, o apoio dado por Collor ao novo presidente teve um tom de ataque ao procurador-geral .  “Cabe a esta Casa, o Senado da República, julgar essa representação, que já está tramitando no Senado da República”, pediu o ex-presidente. “Embora tenha hoje a função de procurador-Geral da República, esse senhor é prevaricador, chantagista e, portanto, sem autoridade moral de colocar um Senador já absolvido por este Plenário numa situação de constrangimento", disse Collor.
(Último Segundo)
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