Mudanças pontuais, que busquem agregar apoio
político, rumo a 2014 - é esse o norte da esperada reforma ministerial a ser
feita ainda este mês, e que renovará parte da equipe de auxiliares diretos da
presidente no início desta segunda metade do mandato. Nesta quarta, Dilma
Rousseff assumiu pessoalmente o comando das negociações, em conversas com o
PMDB e com o PR.
Encerrada a troca de comando no Senado e na
Câmara, Dilma se movimenta para adaptar a equipe ministerial ao novo ambiente
político. Um PMDB mais forte pode merecer a sexta vaga na Esplanada. Gabriel
Chalita, na condição de nova estrela pemedebista, tornou-se credor do Planalto
ao apoiar Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo. Chegou a ser cotado
para Ciência e Tecnologia. No entanto, há resistências a seu nome na comunidade
científica. O político de fortes convicções religiosas é identificado com o
"criacionismo".
O atual dono do posto é do PSB. Marco Antônio Raupp, um
quadro técnico do governo, mostra impaciência com as especulações de troca em
sua pasta. "Isso nunca foi falado. Eu não toco nesse assunto, ela [Dilma]
não toca nesse assunto. Eu trabalho aqui como se fosse ficar
permanentemente. Sou um funcionário público dedicado" - declara.
Além de reacomodar o PMDB, as articulações da presidente
buscam também agregar o apoio de 5 partidos médios que se juntaram no senado:
PR, PTB, PSC, PPL, PSD. O bloco União e Força virou o terceiro mais poderoso na
Casa e deve chegar a 18 votos. Dentre representantes deste grupo, Dilma pode
abrir vaga para Blairo Maggi, do PR, na pasta dos Transportes. E ainda para
Afif Domingos, do PSD, que ficaria com a secretaria de Micro e Pequena Empresa.
Alguns ministros, potenciais candidatos para
2014, devem ser mantidos no cargo, como forma de garantir visibilidade - caso
de Gleisi =Hoffmann, da Casa Civil, que deve concorrer ao governo do Paraná.
(R7)
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