Ora, dirá o ministro
Alexandre de Moraes: o Supremo Tribunal Federal apreendeu e depois devolveu o
passaporte de Carla Zambelli porque ela é deputada federal no exercício do
cargo. E ao contrário de Bolsonaro, que está sem passaporte, ela não foi denunciada
por tentativa de golpe e abolição da democracia.
De fato, não foi. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por
ter contratado um hacker para violar o sistema de informática do Conselho
Nacional de Justiça, introduzindo ali um falso documento. Isso se deu quando
Bolsonaro ainda era presidente. Então Zambelli poderia viajar para o exterior,
e foi o que ela fez.
Voou
ou atravessou de carro a fronteira para a Argentina, e de lá voou para os
Estados Unidos, onde até ontem parecia estar. Sentindo-se em local seguro,
reconheceu que fugira e anunciou que seu destino seria a Itália por dispor de
cidadania italiana. Uma vez lá, se dedicará à missão de pregar contra a “ditadura
brasileira”.
O bolsonarismo não chorará
por Zambelli. Mas o Supremo deve ficar atento para eventuais e possíveis novas
fugas de bolsonaristas em débito com a Justiça. No passado, Bolsonaro ficou
rouco de tanto proclamar que jamais seria preso porque não sobreviveria a uma
prisão. A fuga de Bolsonaro é uma pedra cantada.
(Blog do Noblat)
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