14 junho 2025

Hostilidades: Bate-bocas minam poder do Congresso de dialogar e construir políticas públicas

O Congresso vem perdendo a sua capacidade de diálogo e construção de debate acerca de temas de interesse público, na medida em que se torna palco para audiência nas redes sociais. Nesse processo, bolsonaristas têm ocupado o protagonismo de episódios em que o bate-boca encobre a discussão de políticas públicas. A avaliação é de cientistas políticos consultados pelo Estadão sobre casos cada vez mais frequentes de baixaria no Congresso Nacional. Esse tipo de cena vem se tornando comum a partir do convite para ministros de Estado esclarecerem dúvidas sobre medidas do Executivo em audiências na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por exemplo, antecipou o encerramento de uma audiência pública na Câmara na quarta-feira, 11, após bate-boca com os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que deixaram a sala antes de ouvir as respostas a perguntas que eles mesmos tinham feito. Haddad foi chamado para falar dos impactos da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e outras medidas econômicas. Duas semanas antes, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandonara uma sessão pública para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial após ser desrespeitada pelos senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO).

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