15 agosto 2024

Emendas parlamentares: Congresso rejeita MP para crédito extra ao Judiciário em retaliação ao STF

Em mais um capítulo na queda de braços entre os poderes, o Congresso Nacional rejeitou ontem (14) uma MP (medida provisória) que abria crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão ao Judiciário, em retaliação à decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre as emendas parlamentares. Antes da decisão de deputados e senadores, Dino decidiu, em caráter liminar (validade imediata), sustar a execução de emendas impositivas até que os poderes Legislativo e Executivo, “em diálogo institucional, regulem os novos procedimentos” de acordo com novos parâmetros, como critérios técnicos de eficiência, transparência e rastreabilidade. As chamadas “emendas Pix” são emendas orçamentárias individuais que repassam os recursos diretamente a estados, Distrito Federal e municípios, sem uma indicação específica de destinação. Na prática, a decisão do magistrado tira do Legislativo o domínio de bilhões de reais do Orçamento que até então eram repassados automaticamente, devolvendo ao Executivo o poder de aprovar ou não a execução das emendas. Contudo, a decisão não afeta os recursos para “obras efetivamente já iniciadas e em andamento, conforme atestado pelos órgãos administrativos competentes, ou de ações para atendimento de calamidade pública formalmente declarada e reconhecida”.

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