30 julho 2024

E vamos em frente: Com dividendos da Petrobras e compensações, governo afasta necessidade de novos cortes

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva avalia que, até o momento, o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 é suficiente para manter as contas públicas dentro das novas metas fiscais. O Executivo tem feito um pente-fino nos gastos, a fim de atingir a meta fiscal de déficit zero, ou seja, não gastar mais do que o arrecadado, até o fim do ano. A próxima reavaliação será feita em setembro, mas integrantes da gestão petista ouvidos pelo R7 admitem que, se for necessário, o governo pode efetuar mais cortes. Um estudo aponta que, para alcançar a meta, o bloqueio deveria ter sido de R$ 17 bilhões. O congelamento anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há duas semanas, será dividido em duas partes — bloqueio de R$ 11,2 bilhões em despesas acima do valor permitido pelo arcabouço fiscal e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, ou seja, como o governo não arrecadou o que esperava, parte dos gastos é congelada para cumprir a meta. Para evitar novos bloqueios, a gestão federal aposta, entre outras medidas, em recursos que devem entrar para o caixa do governo, como os dividendos da Petrobras. Recentemente, a estatal decidiu repassar em duas partes o lucro extraordinário aos acionistas. A segunda metade chega a R$ 21,9 bilhões e pode render cerca de R$ 6 bilhões à União, a acionista majoritária da empresa. O valor seria mais um alívio fiscal.

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