08 junho 2023

Investigação: Rede de firmas fantasmas irrigou esquema que envolve assessor de Lira

Quem entra no elevador logo percebe que, ao contrário dos demais, o botão para o segundo piso não funciona. Pela escada também não há acesso. A porta que leva ao andar está trancada. É um pavimento fantasma no centro de Brasília. Ali perto, onde deveria haver uma empresa de serviços de informática, funciona um curso para dentistas. “Nunca ouvi falar nessas pessoas”, diz a atendente do estabelecimento, repetindo, em linhas gerais, a resposta ouvida pela reportagem em outros 12 endereços ligados a Pedro e Juliana Salomão, presos pela Polícia Federal sob suspeita de operar, a partir da capital da República, o braço financeiro de um esquema que desviou milhões de reais do Ministério da Educação. O casal tem relação com uma rede de 25 firmas espalhadas pelo Distrito Federal. O Metrópoles esteve em 13 delas. E descobriu que só uma, o Basic Lounge Bar, funciona de acordo com as declarações prestadas à Receita Federal. As demais estão registradas em locais em que, atualmente, há outras empresas. A maioria das pessoas abordadas em cada um desses lugares está por ali há anos e desconhece a atividade das firmas do casal. Se por um lado as empresas não existem fisicamente nos endereços, por outro as transações financeiras que elas fazem são bem reais. 

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