Mais uma vez veio à tona a
discussão de qual é o limite do humor. Foi levantada por causa da condenação de
Leo Lins pela Justiça de São Paulo, que determinou que os vídeos com práticas
de humor hostil sobre escravidão, perseguição religiosa e sobre outros grupos
minorizados sejam apagados do canal de links no YouTube, bem como estabelece a
obrigação dele de não fazer mais esse tipo de manifestação em seu trabalho. A
decisão foi dada em uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo. Lins
deve estar assustadíssimo, já que seu ganha-pão é baseado em discriminar —vai precisar
apagar é muito vídeo. Ele também já é conhecido do Judiciário. Em 2021, foi
condenado a indenizar a dançarina e influenciadora Thais Carla pela prática de
discriminação gordofóbica. Entretanto, a condenação não surtiu nenhum resultado
de reflexão e mudança nele, uma vez que voltou a atacar Thais com novos
comentários discriminatórios, baseados no corpo dela. É evidente, portanto, que
ele não respeita nem as instituições democráticas do país. Depois de Lins ser
proibido, pela Justiça, de cometer novos crimes e interromper a propagação dos
crimes que já cometeu, vários humoristas, homens e brancos, correram para o
Twitter para dizer que isso era censura.
(Isabela Del Monde-UOL)
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