A Polícia Federal diz ter identificado
uma possível articulação para desvio de dinheiro público no governo Jair
Bolsonaro (PL) a pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo a PF, a
suspeita envolve a assessoria da esposa do ex-presidente e os seus funcionários
da Ajudância de Ordens da Presidência, que foi chefiada por Mauro Cid, preso
por suspeita de ter falsificado cartões de vacinação. Em setembro do ano
passado, a Folha revelou que a PF havia encontrado as transações suspeitas após
analisar dados encontrados no celular e na nuvem de Cid, que foi o braço
direito de Bolsonaro no governo. A linha investigativa da PF está em um dos inquéritos relatados por Alexandre
de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A polícia fala da suspeita em
pedidos de quebra de sigilo bancário, e o ministro também cita em suas decisões
que autorizaram as medidas. Ao autorizar a extensão das quebras de sigilos de
Cid, funcionários da Presidência e pessoas ligadas a Michelle, Moraes afirma
que os elementos colhidos pela PF revelam "fortes indícios de desvio de
dinheiro público, por meio da Ajudância de Ordens da Presidência da
República" para pessoas indicadas por duas assessoras da ex-primeira-dama. O delegado do caso diz no documento ao qual a Folha teve acesso que ainda
precisaria aprofundar as investigações, mas que havia indícios no sentido do
desvio.
(Folhapress)
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