01 maio 2023

No trabalho: Quase metade das brasileiras sofreu assédio e agressão em 2022

O local de trabalho é um cenário de sofrimento constante ou eventual para 44% das brasileiras. No ano passado, essa foi a porcentagem de mulheres que enfrentaram assédios e outras agressões nas empresas que as contrataram. A violência mais comum foi de ordem moral. Entre as que se reconheceram como vítimas, 23% disseram ter tido suas ideias creditadas por outras pessoas. Os dados são da terceira edição da Women @ Work, realizada pela empresa de consultoria Delloite. Para o levantamento, foram ouvidas 5 mil mulheres no mercado de trabalho em dez países — 500 no Brasil, com idade entre 18 e 64 anos. No caso das trabalhadoras negras e indígenas, o número de mulheres que afirmam não ter sido reconhecidas pelas ideias saltou para 44%. Dentre as perguntas feitas pelos entrevistadores às trabalhadoras, não constava nenhuma sobre assédio sexual especificamente. O mais próximo disso foi um questionamento a respeito de ser abordada constantemente de maneira pouco profissional ou desrespeitosa — 6% das brasileiras disseram ter enfrentado a situação. O número é o mesmo da média global. Embora os números ainda sejam expressivos, a situação melhorou em comparação aos dois anos anteriores em que foi feito o mesmo levantamento. Na edição de 2022, 59% das brasileiras relataram a prática de comportamentos não inclusivos no ambiente de trabalho — em 2021, foram 52%. Os números do Brasil também são menores do que os internacionais — a média dos dez países investigados pela Delloite é de 47%.

(UniversaUOL)


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