Alfiere
Eduardo Bompani e Tarcisio Tadeu Spricigo estavam no auge da vida eclesiástica
no início dos anos 2000. Atuavam em cidades de São Paulo na mesma época, mas
não se conheciam. Eles escreveram livros sobre a doutrina católica e eram
populares com suas missas. Mas o que tinham em comum era algo além da religião.
Os dois foram investigados e presos acusados de abuso sexual de crianças e
adolescentes. A polícia encontrou com eles manuscritos que descreviam os abusos
sexuais em forma de diários e de manuais de pedofilia. O conteúdo estarreceu os
investigadores pela riqueza de detalhes, onde haviam várias lições de como
cometer os crimes sem serem pegos. Os cadernos apreendidos na casa paroquial
onde morava Alfieri serviram como prova dos crimes. Nos relatos, em escrita
direta e obscena, o padre descreve situações em que se masturbou na presença
dos jovens abusados, tocou neles ou exigiu sua ajuda. Entre os manuscritos
tinha um livro de autoria do sacerdote com o título “Contos homossexuais”, no
qual narra o abuso de menores, incluindo situações em que houve penetração.
(O Globo)
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