Marido, patrão, irmão e até pai são
apontados pelas vítimas como responsáveis pelos crimes de registro e vazamento
de imagens íntimas em São Paulo e no Rio de Janeiro. É o que dizem boletins de
ocorrência feitos nos dois estados, entre 2019 e 2022. Segundo os dados, que o g1 obteve via
Lei de Acesso à Informação, 7.552
pessoas foram vítimas desses crimes nesse período. As
mulheres eram 85%, sendo que 288 delas eram adolescentes ou crianças. Em 71% dos boletins (5.376) não foi anotada qual era a relação entre
vítima e denunciado. Entre aqueles onde houve o devido preenchimento, 75% (1.673) apontaram uma relação de amizade, familiar ou amorosa.
E isso pode agravar a pena pelos crimes. A
quebra da relação de confiança e a tentativa de humilhar a vítima são o que se
chama de "pornografia de revanche" e aumentam a
pena do crime de vazar nudes em até 2/3. Nos casos em São Paulo onde o
elo entre a vítima e o denunciado foi esclarecido, 7% tiveram o agravante já
incluído no boletim.
(g1)
0 comments:
Postar um comentário