A Associação Nacional dos Procuradores
da República (ANPR) recebeu, nesta segunda-feira (29), três nomes para a
formação da lista tríplice que deve ser enviada ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para indicação ao cargo de procurador-geral da República. Apesar da
mobilização dos procuradores, não há sinalização de que Lula vá seguir as
sugestões de nomes para a sucessão na PGR conforme fez em seus dois primeiros
governos. Em setembro, termina o mandato do atual procurador Augusto Aras. De
acordo com a Constituição, o presidente da República não é obrigado a seguir a
lista da associação e pode escolher qualquer um dos subprocuradores em
atividade para o comando da PGR. Somente os subprocuradores Mário Bonsaglia e
Luiza Frischeisen, que figuraram em listas anteriores, e José Adonis Callou,
ex-coordenador da Operação Lava Jato na PGR, apresentaram candidatura. O prazo
terminou às 18h. A eleição ocorrerá entre os membros do Ministério Público
e está prevista para 21 de junho. A lista tríplice foi criada em 2001 e é
defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia
da carreira. Entre 2003 e 2017, durante os governos Lula e Dilma, o
procurador-geral da República nomeado foi o mais votado na lista tríplice. Em
2017, o ex-presidente Michel Temer indicou a procuradora Raquel Dodge, que, na
ocasião, foi a segunda colocada na votação. Em 2019, Jair Bolsonaro não seguiu
a lista e indicou Augusto Aras, que foi reconduzido ao cargo dois anos depois.
(NoticiasaoMinuto)
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