Já é
comum ouvir que o carro popular não é mais, de fato, popular. Também é o que
mostram os números. Segundo levantamento feito pelo economista Matheus Peçanha,
do FGV/IBRE (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), os
três principais carros de entrada ficaram 45,6% mais
caros, em média. Isso, de 2019 para 2023. Os 'carros de entrada'
fazem parte da categoria de automóveis que têm como público-alvo os
consumidores de menor poder aquisitivo, são aqueles que costumam ser mais
acessíveis. Os três usados por Peçanha no levantamento são: Renault Kwid Zen
1.0, Chery QQ Act 1.0 e Fiat Mobi Like 1.0. Há quatro anos, em janeiro, eles
custavam R$ 30.813,33, em média. Na mesma época, o salário mínimo era de R$
998. Portanto, para comprar os veículos, era
preciso desembolsar o valor correspondente a 31 pisos de remuneração.
Em janeiro de 2023, o preço médio desses três carros saltou para R$ 67.505. Por
sua vez, o salário mínimo era de R$ 1.302 (mudou para R$ 1.320 em 1º de maio).
Ou seja, para adquirir os mesmos carros populares passou a ser
necessário pagar 52 salários mínimos.
(R7)

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