13 abril 2023

Violência em escolas: Bullying volta ao centro das discussões

A educação do país vive os últimos dias longe das páginas de desenvolvimento, melhorias ou descobertas nos jornais. O tema passou do exemplo para as páginas policiais após os ataques em três escolas, com ao menos cinco mortes registradas. Desses, dois foram cometidos por adolescentes que estudaram nas instituições. Em São Paulo, no dia 27 de março,  um jovem de 13 anos matou uma professora de 71 anos a facadas e deixou outras três pessoas feridas. Já nessa terça-feira (11), outro jovem de 13 anos esfaqueou três colegas e tentou matar uma professora em Goiânia (GO). Ambos os casos trazem um tema em comum: o bullying. O tema ganhou mais repercussão nos últimos anos, com o impacto psicológico em alunos das redes públicas e particulares de ensino. Para especialistas, os ataques nas escolas têm como pano de fundo o bullying sofrido pelos criminosos por colegas de sala e a falta de administração das escolas e país sobre o assunto. Entre 2002 e 2023, 24 ataques em escolas foram registrados no país. Dois desses ganharam destaques mundiais: Realengo, em 2011, e Suzano, em 2019. “O bullying seria um destaque de uma característica com um caráter de depreciar alguém e isso é compartilhado por outros pares. Então, aquela característica passa a ser tratada pelos pares de forma pejorativa. Quando esse sujeito que recebe bullying, acontece um desnivelamento psíquico. Isso pode provocar efeitos traumáticos, no mínimo uma dor. Não se tem como saber se essa criança ou esse adolescente que sofreu bullying tenha recursos para falar do sofrimento que provocou nele”, explica a psicóloga Caroline Rangel.

(IG)



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