A
demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da
reserva Gonçalves Dias, inflamou a oposição e fez crescer o risco do governo
ter de enfrentar sua primeira CPMI no Congresso, uma comissão para investigar o
8 de janeiro convocada pela oposição, num momento em que o Planalto quer
apostar todas as fichas na aprovação da agenda econômica prioritária. Um dos
líderes da oposição, senador Ciro Nogueira (PI) - ex-ministro da Casa Civil no
governo Jair Bolsonaro -, afirmou à Reuters que a instalação da CPMI do 8 de
janeiro se tornou "inevitável" depois da saída do general, e o
ex-ministro precisa ser o primeiro a ser convocado. Nogueira não está sozinho na
percepção. Ao menos um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
alinhado ao governo, avalia que a tendência agora é que a CPMI vá adiante. O
Planalto também refazia os cálculos. Depois de ter conseguido adiar a sessão do
Congresso em que a comissão mista de inquérito seria instalada, o governo
acreditava ter ganho algumas semanas de fôlego e tempo para começar a liberação
de emendas parlamentares do Orçamento deste ano, assim como as nomeações de
cargos de segundo escalão, um processo lento que tem atraído a reclamação de
parlamentares.
(Reuters)
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