Um relatório do Ministério da Justiça entregue à Controladoria
Geral da União (CGU) mostra que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fiscalizou
2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste,
entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições de 2022. À época, o Ministério da Justiça –
ao qual a PRF está subordinada – era comandado pelo bolsonarista Anderson
Torres, que está preso suspeito preventivamente por conta de sua atuação
durante os atos terroristas de 8 de janeiro, quando extremistas invadiram as
sedes dos Três Poderes em Brasília. Na ponta da operação de
fiscalização e debaixo do guarda-chuva de Torres estava o também bolsonarista
Silvinei Vasques, então diretor-geral da PRF, que um dia antes do 2º turno
declarou voto em Bolsonaro. A corregedoria do órgão, inclusive, desarquivou as investigações sobre a
atuação da corporação no 2º turno as eleições, e a nova
apuração pode levar à cassação da aposentadoria de Vasques. A seis dias do
segundo turno, uma pesquisa do Ipec mostrava Lula (PT) liderando entre os
eleitores no Nordeste, com 67%, enquanto Bolsonaro (PL) se destacava entre
moradores do Sudeste (com 49%). Lula estava na frente em todos os estados
nordestinos onde haveria segundo turno: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e
Sergipe.
(g1)

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