Após a prisão de
suspeitos por troca de bagagens no aeroporto de Guarulhos (SP) para o envio de drogas ao
exterior, a Polícia Federal investiga a ligação do grupo com Primeiro Comando da Capital (PCC). A
investigação aponta que a relação dos suspeitos com o crime organizado é mais
ampla do que ‘apenas’ uma quadrilha de tráfico de entorpecentes. Segundo
relatório da PF, o crime organizado vem recrutando funcionários terceirizados
que trabalham em áreas restritas dos aeroportos desde 2019. A atuação ocorre em
várias frentes: do despacho da mala até a chegada da bagagem na Europa, onde a
droga é retirada e vendida nos países europeus com selo brasileiro. De acordo
com a polícia, os funcionários poderiam receber, em média, R$ 30 mil por cada
bagagem com cocaína despachada para o exterior. O valor equivale a mais de um
ano de salário de cada profissional, que gira em torno de R$ 1,6 mil por mês.
Segundo os investigadores, o PCC prefere recrutar funcionários que não tenham
ficha criminal, para não levantar suspeitas ou, em caso de prisão, não tenham
pena maior. Em julho do ano passado já houve uma
ofensiva contra esse esquema. A PF fez uma operação para prender 18
funcionários que trabalhavam no aeroporto. Foram cumpridos mandados também em
Portugal. No celular de um dos detidos os policiais encontraram uma troca de
mensagens e áudios com integrantes do PCC sobre o despacho de malas.
(CNN)
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