07 abril 2023

Ataques a escolas: Imprensa brasileira debate e redefine cobertura para evitar efeito contágio

O recente aumento de casos de ataques a escolas no Brasil levantou um debate sobre como deve ser a cobertura de crimes dessa natureza, e veículos de imprensa têm anunciado que deixarão de divulgar o nome dos agressores, imagens e outros detalhes das ações. A decisão foi tomada a partir da orientação de estudiosos que sustentam que esse tipo de conteúdo incentiva outros jovens a cometer crimes semelhantes. A tese central do chamado "efeito contágio" é a de que esses agressores, normalmente pessoas isoladas socialmente, buscam justamente a notoriedade. O tema já é amplamente discutido nos EUA, onde esse tipo de violência é mais antigo e muito mais frequente do que no Brasil -foram mais de 370 ataques a escolas desde o massacre em Columbine, em 1999, quando dois alunos mataram a tiros 12 estudantes e um professor. No Brasil, os holofotes novamente se voltaram a essa discussão a partir do ataque, em 27 de março, realizado na escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, que trouxe à tona a explosão de violência no ambiente escolar. Desde agosto, foram nove ataques, mais de um por mês. Essa mesma quantidade acontecia a cada dois anos, entre 2002 e julho de 2022, segundo um levantamento feito por pesquisadores da Unesp e da Unicamp.

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