24 outubro 2022

Bolsonaro implode plano: Gasto com infraestrutura escolar é o menor em 10 anos

A combinação de cortes orçamentários, desprezo a critérios técnicos, ingerência política e denúncias de corrupção resultou, sob o governo Jair Bolsonaro (PL), no desmonte do principal mecanismo de planejamento educacional e de transferência de recursos federais para educação básica do MEC (Ministério da Educação). Criado em 2007, o PAR (Plano de Ações Articuladas) é um sistema em que as prefeituras cadastram suas demandas e o governo federal realiza repasses para infraestrutura escolar. Os valores operados desabaram na gestão do presidente. Os gastos no PAR em 2021, de R$ 796 milhões, são os menores em uma década e equivalem a menos de um terço do que foi investido anualmente, em média, de 2012 a 2018 (R$ 2,5 bilhões, em valores de hoje). Neste ano, o montante foi de R$ 260 milhões até 19 de outubro. Procurados no fim da manhã de sexta (21), MEC e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão que opera as transferências de recursos, não responderam. Assim como em outras ações da área, o governo tem ignorado critérios técnicos, numa espécie de balcão político em que os maiores beneficiados são prefeituras aliadas, não quem mais precisa. A prática abre espaço para corrupção.


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