25 maio 2020

RIO ACIMA E RIO ABAIXO: Militares da reserva atacam STF por 'pressão' a Bolsonaro e falam em guerra civil


Um grupo de militares da reserva assinou uma nota de apoio ao general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após ele falar em "consequências imprevisíveis" caso o presidente Jair Bolsonaro tenha que entregar seu celular para perícia na investigação que apura a acusação do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, sobre possível interferência na Polícia Federal (PF). Os militares que assinam a nota alertam para um cenário extremo, de "guerra civil" no Brasil. A apreensão do celular de Bolsonaro não foi feita pelo STF, mas sim surgiu como uma possibilidade após o Supremo encaminhar à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido feito por parlamentares que incluía uma possível apreensão, algo que só deve ser efetivado em último caso, dada a gravidade e a reação. Ainda assim, os colegas de general Heleno na Academia das Agulhas Negras direcionaram seus ataques à corte. Os 'Agulhas Negras' alertaram para o risco de uma guerra civil no Brasil em um cenário extremo, e disseram que falta "decência" e "patriotismo" a parte dos ministros do STF. "Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil", diz trecho da nota assinada por dezenas de militares da reserva.
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