Demitir funcionários parece ser a única saída
para muitos empreendedores em momentos de crise. A medida, porém, pode trazer
prejuízos a médio prazo. "Se o empregado não tem alto nível de
qualificação e não ganha um salário alto, demiti-lo pode ser uma opção para
manter a sustentabilidade da empresa", diz Denise Delboni, advogada e
professora da FGV (Fundação Getulio Vargas). Já em setores que
exigem mão de obra superqualificada, difícil de ser treinada, o ideal é pensar
em alternativas para não demitir. "Quando a crise passar, o empreendedor
vai precisar da competência de seus funcionários", explica a especialista.
Essa regra vale principalmente para o comércio, que teve seu funcionamento
afetado pelo avanço do coronavírus. "Muitos negócios poderão retornar à
normalidade quando tudo isso passar. Outros setores, porém, vão demorar mais
para voltar, como é o caso do turismo", afirma. Para a professora,
empresas que fazem parte desse último grupo terão dificuldades de se manter sem
demitir. "A companhia não sabe se vai estar viva amanhã, como vai
fazer algum acordo com seus empregados?" Mesmo assim, antes de
dispensar funcionários é possível recorrer a outras alternativas, diz Sandra
Fiorentini, consultora do Sebrae-SP. "A primeira possibilidade é antecipar
as férias dos empregados." O empresário tem esse direito e, pela
medida provisória 927, que estabeleceu mudanças nas leis trabalhistas durante a
pandemia, o adicional correspondente a 1/3 das férias pago pela empresa poderá
ser depositado até 20 de dezembro. "Além disso, também é sugerido
antecipar banco de horas e feriados." Outra saída é reduzir de 25%
a 70% jornadas e salários, como o previsto pela MP 936, ou ainda suspender o
contrato de trabalho neste período. "Uma última alternativa pode
ser buscar auxílio nas linhas de crédito para financiamento da folha de
pagamento", afirma Fiorentini. Se, mesmo depois de tudo isso, o
empresário ainda precisar demitir, alguns critérios podem ser seguidos para
ajudar na decisão de quem cortar. A qualificação do profissional e o
custo que a demissão pode causar à empresa são pontos a serem analisados. Outra
forma de selecionar quem fica é escolher aqueles que são mais dependentes
financeiramente do trabalho.
19 abril 2020
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

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