O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado,
29, que as denúncias de tortura ocorridas no regime militar são "tudo
cascata para ganhar indenização". A afirmação foi feita no final da manhã,
ao sair do Palácio da Alvorada e conversar com simpatizantes, entre eles um
militar que esteve nas matas do Vale do Ribeiro, em Eldorado (SP), em busca do
guerrilheiro Carlos Lamarca. Durante a conversa, populares que acompanhavam a
saída de Bolsonaro do Alvorada comentaram que naquela época havia muito
tortura. "Isso é papo...A maioria... Tudo cascata para ganhar
indenização", afirmou o presidente. Bolsonaro
pontuou que a ex-presidente Dilma Rousseff integrou, durante o regime militar,
a Vanguarda Revolucionária, que teria atuado na região.
Mentira de Bolsonaro
"A Dilma integrava a guarda popular
revolucionária, que matou a paulada um tenente no Vale do Ribeira", disse
Bolsonaro, em referência ao tenente Alberto Mendes Júnior. O tenente
Alberto Mendes, da Polícia Militar de São Paulo, foi morto em maio de 1970, em
Eldorado Paulista, por Carlos Lamarca e outros quatro guerrilheiros da
Vanguarda Popular Revolucionária, a VPR, uma das organizações de luta armada no
tempo da ditadura. Nessa época, a ex-presidente Dilma Rousseff estava presa
havia três meses no DOPS, em São Paulo, período em que foi torturada. Depois,
foi levada para o Presídio Tiradentes, onde ficou até 1973. Não há registro da
participação dela em ações de luta armada antes e depois.
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